As seções eleitorais nos Estados Unidos abriram nesta terça-feira, 5 de novembro, e milhões de americanos vão às urnas para escolher o próximo presidente do país, que governará pelos próximos quatro anos. O cenário deste pleito promete ser histórico, com dois candidatos disputando o cargo mais importante do mundo: Kamala Harris, atual vice-presidente e candidata pelo Partido Democrata, e Donald Trump, ex-presidente e representante do Partido Republicano.
Uma Eleição Histórica
A vitória de Kamala Harris seria um marco, pois ela se tornaria a primeira mulher a ocupar a presidência dos Estados Unidos, além de ser a primeira mulher negra e a primeira americana de origem asiática a alcançar o cargo. Sua eleição representaria uma revolução na política americana, simbolizando a quebra de barreiras históricas de gênero e etnia.
Por outro lado, uma eventual vitória de Donald Trump também teria um peso histórico. O ex-presidente se juntaria a Grover Cleveland como o único presidente a cumprir mandatos não consecutivos. Além disso, Trump seria o primeiro presidente na história americana a passar por dois processos de impeachment e o único a ser condenado criminalmente durante o exercício do cargo.
A Disputa e a Intensidade do Cenário Eleitoral
A disputa está acirrada. Para garantir a presidência, um candidato precisa conquistar 270 votos no Colégio Eleitoral — a metade mais um do total de 538 votos disponíveis. As pesquisas indicam um empate técnico entre Kamala e Trump, com ambos recebendo 47% de apoio dos eleitores prováveis, segundo a última pesquisa nacional da CNN, realizada pelo SSRS. Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, o que torna a mobilização dos eleitores um dos maiores desafios para qualquer campanha.
Os Estados Decisivos
Os analistas apontam que a eleição será decidida nos chamados estados-pêndulo, aqueles que podem ser conquistados tanto pelos democratas quanto pelos republicanos. Sete estados estão no centro dessa disputa: Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, conhecidos como o "Blue Wall", e Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte, os famosos campos de batalha do Cinturão do Sol. Esses estados têm histórico de alternância entre candidatos republicanos e democratas, e o vencedor em cada um deles pode determinar o resultado da eleição.
A Agenda dos Candidatos no Dia da Eleição
Kamala Harris passará o dia da eleição em Washington, DC, onde participará de entrevistas de rádio e se preparará para o evento de acompanhamento da apuração dos votos na Howard University, onde se formou em 1986. A vice-presidente já exerceu o direito de votar antecipadamente, conforme informou seu gabinete. Durante a noite, ela acompanhará a apuração dos resultados ao lado de apoiadores na universidade.
Trump, por sua vez, se deslocará para West Palm Beach, na Flórida, para votar pessoalmente. O ex-presidente também estará atento ao desenrolar da apuração, embora sua agenda não tenha sido detalhada da mesma forma que a de Kamala.
A Contagem dos Votos e a Expectativa
As urnas fecharão nos primeiros estados americanos a partir das 21h, horário de Brasília. A CNN, uma das principais redes de notícias dos Estados Unidos, começa a projetar os resultados à medida que os dados vão se tornando disponíveis.
Além da eleição presidencial, os americanos também escolherão seus representantes para o Congresso e votarão sobre diversas propostas de leis em nível estadual. O resultado dessas eleições também pode ter um impacto significativo na dinâmica política do país, com possíveis mudanças no controle das duas casas do Congresso.
Conclusão
Com uma disputa acirrada, marcada pela alternância de apoio em estados estratégicos e por um nível de polarização política intenso, as eleições de 2024 nos Estados Unidos prometem ser uma das mais emocionantes e imprevisíveis da história recente. Kamala Harris e Donald Trump, ambos com candidaturas históricas, enfrentam um cenário de alta tensão e uma luta pela mobilização do eleitorado, com a expectativa de que cada voto será decisivo. O mundo inteiro observa atentamente o desenrolar desse dia histórico, que pode mudar os rumos não apenas da política americana, mas também da geopolítica global.